segunda-feira, 25 de abril de 2011

Dor

Quer ver o inferno é falar pra marido que tá com dor. Pelo menos aqui, em casa, é problema na certa...
Eu esqueço e, as vezes, resmungo, apalpando a barriga: "Ai, tô com uma dorzinha..."
Pra que? Bruno logo fala: "Que?". "Nada" respondo, arrependida...
"Você disse que tá com dor, eu ouvi". "Por que falou "que" então?". "Como é a dor, fala, é como? É forte? É aguda, como é?". Que diferença faz, Jesuis, o homem não é médico, nem enfermeiro, nem fisioterapeuta, nem dentista ele é, vai saber o que de dor aguda ou grave? E dor lá é nota musical? Penso, respondendo simplesmente:"Nào deve ser nada, é uma dorzinha só, meio assim, por dentro". Mas piora tudo e ele começa a me cutucar: "É assim?" diz, pressionando o dedão no meu braço. "Ou é assim?", fala, dando uma beliscadinha no meu ombro. Nem dá tempo de eu responder, mostra outro método: "Ou é desse jeito?" e aperta meu pulso com força... "Ai!" grito, então, decidida. "Pára, pô! Que saco, tá machucando...". Ele fica sem graça: "Só queria saber como é a dor...". "Não tem dor, pronto, cabou. Tem dor nenhuma aqui, cabou esse assunto, chega!" grito, já nem lembrando da barriga, que perdeu para o braço, todo vermelho... Ai...

Um comentário:

  1. Minha mãe diz que, quando grávida, chegou no médico e reclamou: "às vezes eu sinto uma dor na barriga...", ao que ele respondeu "eu também, minha filha". Essa virou lei aqui em casa. Todo mundo tem dor na barriga, então vamos parar com o estresse!

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