terça-feira, 7 de julho de 2009

De onde vêm os bebês

Eu me lembro muito bem do dia em que me contaram como fazíamos para ter nenéns. Eu devia ter 10 anos e, num misto de susto e indignação, fiquei imensamente triste porque descobri que, para ter um neném, um dia, teria de fazer “aquilo”. Bem eu que queria tanto ter filhos, como é que ia ser, meu Deus?
Depois, conforme os dias foram passando, eu ficava muito chocada quando via uma mulher grávida, porque percebi que, se ela estava grávida, era porque tinha feito “aquilo”. E daí que, na minha cabeça infantil, eu ficava com uma certa vergonha alheia daquela moça ali, de barrigão, passando atestado pra todo mundo de que tinha feito “aquilo” e ainda tava lá, toda sorridente, como se fosse super natural. “Ai coitada dela, credo!” eu pensava, com a ingenuidade estúpida e doce, que só as crianças podem ter.
Hoje eu rio disso e, cada vez que conto para uma criança que estou grávida, juro que noto nela uma certa surpresa, quase um constrangimento, enquanto eu sorrio feliz, passando uma testado do que fiz e, sabendo, enfim, que isso é sim, a coisa mais natural do mundo...

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